Compre um e-reader – Kindle, vantagens, vantagens e dicas

Tenho um Kindle acho que já vai fazer dois anos. Comprei por R$350 de um conhecido e, desde então, não me arrependi desse investimento nem por um dia.

[Atualização, já estou no meu segundo kindle, o Paper White, o meu antigo, vem agora neste modelo, que continuo recomendando MUITO e agora está até mais barato do que o que eu paguei na época:Kindle (cor preta) com tela sensível ao toque e Wi-Fi , 8a. Geração, outros Dispositivos Kindle]

Como todo e-reader que se preze, ele tem uma tela que imita papel, com uma tal tecnologia e-ink. Na prática, isso quer dizer que não cansa os olhos, dá pra ler no sol sem se preocupar com reflexo e, como qualquer livro normal, é necessária uma iluminação externa para lê-lo.  Ele gasta pouquíssima bateria, uma carga dura mais ou menos um mês (sim, UM MÊS). Tem cerca de 3,5 gigas de espaço para livros, o que é mais do que suficiente – além de ser possível armazenar os livros na nuvem, se precisar de mais espaço, e baixá-los quando quiser.

O meu modelo é o antigo “kindle 3”, atual “kindle keyboard” na versão que só tem o wi-fi, sem 3G, acho que saiu de linha. Agora já tem kindle touch, e um fofinho kindle que só tem o botão de joystick, sem o teclado (veja todos na amazon).  Já testei alguns e-readers touch e ainda prefiro o bom e velho botão de passar página e selecionar. O teclado é útil para anotações mais longas, mas acho que poderia dispensá-lo.

A versão mais barata, com conversão, impostos  e frete deve sair por menos dos R$350 que eu paguei na minha época, e já vi reviews que falam de entrega em uma semana.

Minha vida de e-book-reader começou como a de todo mundo. Contraventora, baixando livros piratas – afinal, pra que gastar dinheiro, se posso ter de graça? Aos poucos, a consciência vai pesando. Existe um autor que precisa ganhar dinheiro para continuar escrevendo e uma editora que precisa de lucro para publicar. Comecei, então, a comprar os livros na Amazon e descobri o “compre com um clique” recentemente, o que quase me levou à falência. As editoras nacionais, por sua vez, ainda estão engatinhando e me recuso a comprar um e-book em pdf.

Quanto aos preços dos livros, eles não são tão mais baratos do que os dos físicos, e acho que isso faz com que, no começo, as pessoas não vejam vantagem em comprá-los. A partir do momento em que senti a praticidade de clicar pra comprar um livro na internet e meio minuto depois ele já estar na minha mão, sem precisar de converter ou usar um cabo USB, comecei a achar justo o preço. Também existem algumas promoções, principalmente para livros mais antigos (o hunger games, por exemplo, está $5,99 na amazon).

“Mas eu gosto do objeto livro, gosto de sentir o cheiro, de sentir a capa…”. Esse era o meu discurso e posso dizer que, depois do kindle, eu mudei. Descobri que na verdade eu gosto de ler livros – e de poder marcar feito doida e consultar minhas marcações depois, todas juntas, num só lugar, tendo a sensação de estar lendo o livro todo de novo. Acho que a tecnologia do kindle ainda vai evoluir para poder trazer cores e mais recursos, mas, como está, ele já ganha dos livros convencionais.

Por que o kindle ganha do livro convencional?

É mais fácil ler no kindle – não estou falando com relação à tela normal de computador ou tablet, mas com relação ao livro normal. Ainda não descobri se é porque o kindle é leve e prático de segurar/levar na bolsa, se o tempo e esforço para passar página são reduzidíssimos, ou se o projeto gráfico é o melhor possível, mas leio mais e mais rápido no kindle.

É mais fácil marcar e consultar marcações no kindle – para marcar passagens, basta clicar uma vez no início do trecho, arrastar o cursor até o final e clicar novamente. As marcações ficam reunidas num só lugar.

É mais fácil consultar o texto no kindle – o kindle tem um mecanismo de busca por palavras e frases. Se quiser reler um trecho, coloque uma palavra marcante daquele trecho e ele vai te dar várias opções de onde o termo aparece. Isso também é útil na hora de criticar repetições em um livro, por exemplo, você está lendo “Fifty shades of grey” e quer saber quantas vezes a Ana falou “holy…”, é só buscar a palavra e o kindle te responde! 153, by the way.

Compartilhamento de histeria –  o kindle pode ser integrado ao twitter ou facebook, e, toda vez que você marcar um trecho, poderá mandá-lo direto para sua timeline com os seus suspiros.

Marcações compartilhadas dos outros – quando você está lendo um e-book da amazon, pode ter acesso ao que outros leitores marcaram, com os números. “8543 pessoas marcaram este trecho”, por exemplo.

Dicionário de inglês – quase todos os livros que li no kindle estavam em inglês. Sempre que aparecia uma palavra nova, eu podia selecioná-la e ver o seu significado em inglês. Aprendi o que é “handkerchief pocket” com Virginia Woolf e kindle.

Livros de domínio público – sabe os milhares de livros de domínio público que existem? Dá pra ler de graça no kindle!

Boa narração em inglês – não utilizo, mas o kindle oferece ‘leitores’ digitais que narram o livro pra você, em voz feminina ou masculina, apenas no inglês – talvez seja bacana pra ver pronúncias também. Em algum lugar da amazon tem um artigo falando do uso dessa ferramenta no ensino de jovens com dislexia.

Dicas úteis

Instapaper (http://www.instapaper.com/–  este site funciona como um pinterest de conteúdo para kindle. Sabe quando você vê um texto enorme na internet, mas não pode ler na hora e acaba esquecendo e nunca mais lendo? Com essa ferramenta, você pode simplesmente ‘pinar’ o texto (apertando o botão na sua barra de favoritos) e ela manda diariamente os textos selecionados para o seu kindle.  Basta autorizar o e-mail que eles te fornecem para envio de conteúdo na sua conta kindle (se alguém tiver kindle e não souber mandar conteúdo por e-mail para ele, comenta a dúvida que eu explico!).

Calibre ( http://calibre-ebook.com/) – o calibre é um programinha que transforma chuchu em e-book, no formato que você quiser (o do kindle é o MOBI).  É só instalar, selecionar o seu e-reader  e escolher os arquivos que quer converter (pdfs, por exemplo, ficam quase perfeitos). Tem jeito de setar para que ele mande por e-mail os livros convertidos também. Se preferir usar o cabo USB, sem problemas.

Tinha uma terceira dica, mas esqueci. Se lembrar coloco aqui!

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