Amanda Furacão, todo mundo conhecia. Ela chegava e não ficava pedra sobre pedra. O Helião suspendia a sobrancelha e sibilava um ca-ra-lho. Ca-ra-lho. A Furacão entrava e o ar ia embora. Ela vinha buscar o Manoelson, que era o maridão bebum de domingo. Ia porque o almoço já estava quase pronto – só faltava o arroz. Nos trâmites do marido-bebum e da Furacão ninguém metia a colher… Era sempre um chega pra lá, cala a boca, inútil e vagabundo. Saía a Amanda carregando o Manoelson-fo-di-do pro belo bife à milanesa da musa do Botel. Taí um que eu não entendo – o Helião puxava o assunto -, já viu a filial do Manoelson? Porra, o Manoelson além da Furacão ainda tinha filial? Que não chega na unha do dedo do pé da Furacão, bicho. Caralho, tem que valorizar uma mulher daquela, né não… A filial tem que ser no mínimo mais bonita, senão não valoriza… Não valoriza… Helião era inconformado, se a Amanda abrisse pra concorrência, tava ele lá de primeirona.