Vai buscar as flores. E ele foi. Tanto tempo depois, chegou com aquelas rosas pequenas nos galhos um pouco murchos. Deixou a bengala pendurada na cadeira e veio, um pé sim, um pé não, ter comigo na cama. A floricultura estava vazia hoje, a Matilde falou que amanhã chegam as margaridas. Recolheu o ramalhete de rosas do sábado e uma chuva de pétalas caiu sobre o criado-mudo. Troca a água também. Então ele pegou o vaso e voltou algum tempo depois, para colocar as rosinhas do meu lado. Sentou na beirada do colchão e tocou o meu braço. Resmunguei. Ele sorriu e beijou a minha testa. Com a velha dificultade, se levantou e foi à varanda. Vou fazer sopa. Eu estou sem fome.
