Pausa na falta de inspiração para escrever por aqui e, seguindo o bonde do Contém Citação, gostaria de citar (e parafrasear) algumas passagens do livro Os grandes Filósofos que fracassaram no amor*, de Andrew Shafter (título autoexplicativo), sobre o santo aí de baixo.
Aos dezessete anos, São Tomás de Aquino fugiu de casa porque…
A família queria que ele se tornasse monge beneditino; Aquino queria se juntar à Ordem de São Domingos, uma facção cristã rival.
Ah… Essa máfia cristã de antigamente… Para abafar o caso, resolveram prender o Aquino até que ele desistisse de suas intenções. Vendo que ia ser difícil persuadi-lo, mandaram uma prostituta na cela em que ele estava, para que ele “pecasse” e desistisse de se tornar clérigo. Então…
Reconhecendo as intenções amorosas no momento em que a mulher foi jogada em sua cela, Aquino afastou-a com um tição quente, e pediu forças a Deus para continuar resistindo às tentações da carne.
Santos e seus tições quentes. Daí que Deus foi lá e amarrou uma faixa branca na “cintura” do Aquino, um “cinto de castidade”. Com isso, ele resistiu as tentações e, depois de dois anos, conseguiu escapar e se unir à ordem que queria desde o início, mas, mesmo assim, continuou usando o cinto por toda a vida como prova de fé. Daí vamos à nota de rodapé com a provável explicação pro cinto:
Parece uma reminiscência suspeita da técnica que os fazendeiros usam para castrar os carneiros: uma tira de borracha é amarrada ao redor dos testículos do carneiro para interromper a circulação, e o animal pode correr livre até que os bagos acabem caindo em decorrência da necrose.
Ai essa sutileza cristã.
* Não terminei de ler o livro ainda, mas posso dizer que não é tão bom e muitas vezes não cumpre o que promete, contando apenas histórias normais dos relacionamentos de filósofos. Eventualmente mostra alguma coisa divertida, então, para quem adora uma fofoquinha de bastidores de gênios históricos, vale os treze reais que estão cobrando na Amazon.
HAHAHAHAHAHAHAHA